Neste fim de semana quente, o domingo amanheceu fresco, o que terá ajudado naquilo que para mim. foi mais um dia a recordar, face àquilo que foi a grande experiência da minha primeira cresta. A minha primeira cresta, enquanto “aprendiz de apicultor”, e a primeira cresta no meu apiário.
São sete da manhã e, à chamada do José Vinagre, aí vamos nós, equipados a rigor para mais uma tarefa que, sendo “normal” para os mais experientes, era para mim, mais uma descoberta, nesta aventura que é a inserção gradual no admirável mundo da actividade apícola.
Para mim um hobbie e nada mais do que isso.
Chegados ao apiário, e iniciadas as tarefas inerentes à altura, eis que surge o primeiro dilema.
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E aqui, fazemos um parênteses para lembrar que lamentamos agora, não termos convidado alguém já com experiência firmada, para nos coadjuvar nas tarefas, para nos ajudar nas situações que, estando quiçá dentro da normalidade, são para nós alvo de alguma dúvida e para as quais é necessário criar a solução adequada.
Assim, e neste capítulo, eis que nos surge a primeira dúvida.
No caso, e em duas colmeias, na meia alça, e por conseguinte sobre o ninho, encontrámos alguns quadros com bastante, diria mesmo, muita criação, alguma precisamente na fase de libertação “ saída das novas abelhas dos “casulos”.
Optámos por não mexer nestes quadros.
Porquê esta criação, na meia alça?
Será que era ainda cedo para fazermos a cresta (nestes casos) ?
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Aprendemos com a experiência e certamente que, brevemente, teremos as respostas que ansiamos, Não só porque é com a experiência que vamos aprendendo, mas também porque contamos com as dicas dos nossos amigos apicultores. E, modéstia à parte, aquilo que pode parecer para muitos de menor importância, tem para nós um valor informativo e formativo de grande realce, face à aprendizagem que estamos a fazer dia a dia.
Voltando à cresta, e passada esta “surpresa” eis que a segunda se nos depara e esta, deixando-nos repletos de satisfação e alegria, algo de que tínhamos já algum conhecimento e que de algum modo já esperávamos, face às visitas e observações que vínhamos fazendo.
Os quadros encontravam-se completamente elaborados e com uma quantidade de mel que nos deixou repletos de satisfação.
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Aqui, lembramos aquele nosso amigo que está a fazer a experiência de ganhar mais um quadro, reduzindo o espaço entre quadros.
Neste caso, parecemos que teria sido contraproducente porquanto, e se a situação fosse essa, penso que não teríamos quadros com tanto mel pois, e segundo informações que vimos colhendo, as nossas amigas criam o seu próprio espaço, o espaço ideal. Veja-se a criação de cera “suplementar”, quando por exemplo, o espaço inter quadros é demasiado largo, o que pensamos terá o efeito contrário, na situação inversa.
Retirámos os quadros, fazendo a respectiva limpeza das abelhas. Carregámo-los para casa onde, e aí sem abelhas e na maior das calmas passámos à verdadeira recolha do mel, tirando-o dos favos do respectivo quadro.
Sendo as nossas colmeias do modelo Langstroth, os quadros pesavam cerca de 2,9 / 3.00 kgs cada um, antes da respectiva “desmontagem”. Ao que parece, uma produção verdadeiramente satisfatória, mais ou menos 20 quilos por meia alça.
Sorte de principiante?
Talvez!
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Porque sou principiante, e à falta do equipamento devido, principalmente um centrifugador, utilizámos o método artesanal, mais moroso e trabalhoso mas que não deixou de transformar esta manhã e apesar de tudo, numa manhã bem passada.
Retirámos, limpámos, filtrámos, embalámos e ….
E agora, que temos e fabricamos um bom pão…, vamos à prova.
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Uma verdadeira delícia!
As nossas abelhas estão realmente de parabéns!Produziram, provávelmente, o melhor mel da região…