MEL, ESSA DOCE DÁVIDA DAS ABELHAS
Hoje, e porque o calor aperta e a praia não está nos meus planos, resolvi repostar-me no sofá, e divagar sobre o nosso produto de eleição: “O MEL”.
Não porque tenha a pretensão, digo até ousadia, de considerar estar a trazer a este espaço, rico em toda esta informação, algo de novo sobre a matéria, mas porque considero que o tema é actual e pertinente, e porque o produto deve ser prestigiado e protegido, salvaguardando a pureza do “ouro das nossas abelhas”, no respeito pelo trabalho e dedicação dos verdadeiros amantes da apicultura.
Não obstante o vasto leque de temas existentes para este post, quero deixar o enfoque principal na qualidade dos méis presentes no mercado.
Infelizmente, mel adulterado passa facilmente por mel puro e, na prateleira de um supermercado, é difícil distinguir qual é o puro, e qual não é. Existem no entanto, algumas formas de fazer essa distinção.
O QUE É UM MEL PURO?
O mel puro é aquele que nos vem das abelhas, às quais não foi dada qualquer alimentação artificial, xaropes de açúcar por exemplo, quando não há flores para as abelhas colherem pólen. Mas, como isso nalguns casos é rentável, há apicultores que utilizam esse método durante todo o ano, aumentando assim a sua produção, os seus lucros. Há no entanto produtores de mel que guardam uma parte da sua colheita para alimentar as suas abelhas na época em que não há flores, privilegiando a qualidade em detrimento da quantidade.COMO VERIFICAR A PUREZA DO MEL?
Confiança Em primeiro lugar, se queremos um mel puro e de qualidade, há que ter em conta a confiança na sua origem.
O produtor, a sua dimensão, o modo de apresentação do produto, a sua rotulação, são valores indispensáveis para uma primeira análise do produto. Apreciação visual
O mel donde predomine a flor de laranjeira, tem de ser necessariamente mais claro que o mel silvestre.
O mel com o tempo cristaliza e, mel cristalizado é bom sinal. Todo o mel, quando bem manipulado, tende a cristalizar. A cristalização é o processo em que o mel se transforma numa pasta granulada, macia e uniforme. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o mel cristalizado não está estragado ou é de má qualidade. A cristalização é, na realidade, um atestado de que o mel é verdadeiro e puro. Isso ocorre porque, de entre os elementos que compõem o mel, estão a água e alguns açúcares naturais, como a glicose e a frutose. Dependendo da humidade, temperatura e concentração desses açúcares, as partículas de glicose, que são menos solúveis, começam a condensar-se e aglutinar-se em pequenos cristais (hidrato de glicose). Este é, portanto, um processo natural do mel puro, que tende a acontecer em mais ou menos tempo, variando de acordo com a origem floral do néctar. No caso do mel falsificado, o processo não acontece dessa forma. O que ocorre é o endurecimento do mel e a formação de uma pedra de açúcar desigual, com manchas brancas.
Importa salientar que o mel cristalizado mantém todas as propriedades nutricionais e energéticas, bem como o sabor e o aroma do mel líquido. Para descristalizar o mel, tornando-o líquido novamente, recomenda-se o aquecimento controlado em banho-maria, à temperatura máximo de 45 ºC. Acima dessa temperatura e quando submetido ao aquecimento por muito tempo, corre-se o risco de se alterarem os açúcares e eliminar as suas vitaminas e enzimas naturais.
De entre os muitos testes para verificar se o mel é puro, deixo aqui o mais usual:Pinga-se um pouco de mel num copo de água. Se o mel for puro, afunda-se na água como uma gota firme. Se não for puro, dissolve-se na água.
Outro factor a ter em conta na qualidade do mel, tem a ver com o binómio qualidade /preço. O mel puro, por ser menos rentável, costuma ser vendido ligeiramente mais caro. No entanto, nem todo o mel caro é puro, mas o mel que é puro, será certamente mais caro.
Apesar de tudo, é a confiança o primeiro e principal factor de escolha
.Consuma mel puro.
Tenha mais saúde.
Torne a sua vida mais doce!